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Foto do escritorFlaviane

A importância dos direitos LGBTQIAP+ e o mercado de trabalho

Já se imaginou sendo privado de direitos básicos como ser quem você é ou amar outra pessoa? Parece impensável, não é mesmo? Mas essa é a realidade de pessoas LGBTQIAP+ durante boa parte da história da humanidade. Esta comunidade passou a ter direitos garantidos por lei em muitos países somente a partir do século XX, mas muitos ainda sofrem discriminações diárias apenas por expressarem sua identidade de gênero ou orientação sexual.


O que significa a sigla LGBTQIAP+?


Essa sigla representa as diversas identidades sexuais e de gênero que existem entre as pessoas e fazem referência a Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais ou Travestis, Queer, Intersexuais, Assexuais e Pansexuais. O símbolo “+” representa todas as outras variações de gênero e orientação sexual existentes.


Contexto Histórico da Comunidade LGBTQIAP+


Algumas pessoas acreditam que a homossexualidade e transexualidade passaram a existir a partir da história recente, mas estudos apontam que pessoas LGBTQIAP+ existem desde os primódios da humanidade. Civilizações antigas, como gregos e romanos, consideravam relações homoafetivas comuns entre seus cidadãos e para os gregos esse tipo de relação era incentivado entre os soldados do exército para a criação de um vínculo maior durante as batalhas.


Foi com a ascensão da Igreja Católica no continente europeu que a discriminação por orientação sexual tornou-se comum em diversas culturas, privando essas pessoas de direitos humanos básicos e considerando crime relações afetivas entre pessoas do mesmo sexo.


Depois de séculos sendo negligenciada, a comunidade LGBTQIAP+ passou a lutar por mudanças e teve como grande marco a Revolta de Stonewall, em 1969. Foi no dia 28 de junho que o bar Stonewall Inn, local de encontro de pessoas marginalizadas em Nova York, foi violentamente atacado por policiais da cidade, terminando com 13 pessoas detidas, muitos feridos e o bar incendiado. O evento causou uma comoção em todo o EUA e os primeiros passos para mudança foram dados.



Pessoas da comunidade LBTQIAP+ lutam diariamente pela garantia de seus direitos (foto: Freepik)


Direitos Conquistado pelas Pessoas LGBTQIAP+


As pessoas LGBTQIAP+ lutam até hoje para conquistar direitos e exigir que normas e regras para sua proteção sejam incorporadas à constituição. Esses direitos visam que essa parcela da população tenha garantido por lei: liberdade, igualdade, justiça e o reconhecimento de valores e princípios da dignidade humana.


Em 2011, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu os direitos LGBTQIAP+ por meio da publicação da Resolução nº 17/19 que foi aprovada pelo Conselho dos Direitos Humanos. Essa resolução determinou que países membros da ONU deveriam estabelecer respostas em casos de violações de direitos fundamentais por motivos de orientação sexual e identidade de gênero, assim como são tratadas as violações de direitos humanos previamente existentes.


No Brasil direitos específicos a pessoas da comunidade LGBTQIAP+ foram incorporados recentemente na Constituição e o Supremo Tribunal Federal (STF) passou a criminalizar atos de homofobia e transfobia somente em 2019, por meio da aplicação da Lei do Racismo (7.716/1989). Além disso, outtros direitos garantidos no Brasil são o casamento homoafetivo com base no artigo 226 da Contituição e a liberção para casais do mesmo sexo adotarem crianças e adolescentes legalmente.



Somente em 2019 que o STF passou a criminalizar atos de homofobia e transfobia no Brasil (foto: Freepik)


LGBTQIAP+ e Mercado de Trabalho


Infelizmente a discriminação com a comunidade LGBTQIAP+ ainda existe em vários ambientes, inclusive no mercado de trabalho, como aponta uma pesquisa realizada pelo Center for Talent Innovation, em 2021. Esta pesquisa mostrou que 33% das empresas existentes no Brasil não contratariam pessoas LGBTQIAP+ para cargos de chefia. Já a pesquisa feita pela rede social Linkedin, em 2019, apontou que 35% dos entrevistados LGBTQIAP+ já sofreu algum tipo de discriminação no ambiente de trabalho, seja esta velada ou direta.


Muitas pessoas da comunidade não se sentem confortáveis para assumir sua orientação sexual no mercado de trabalho, tanto para chefia quanto para os colegas, e muitas vezes precisam camuflar características de sua personalidade para que possam se encaixar em normas sociais, o que impacta diretamente na saúde mental do indivíduo.


Algumas ações podem ser tomadas para que todas as pessoas se sintam mais confortáveis e seguras em seus empregos, como:


  • Criação de vagas afirmativas focadas em pessoas LGBTQIAP+;

  • Abertura de oportunidade de cargos de liderança e chefia;

  • Conscientização da equipe sobre pautas LGBTQIAP+ para a eliminação de preconceito e discriminação em todas as esferas da empresa;

  • Liberdade para expressão de identidade e personalidade dentro da empresa;

  • Desenvolvimento de um cultura organizacional voltada para a diversidade;

  • Oferecimento de apoio psicológico.


Somente com ações e iniciativas de inclusão que será possível criar um ambiente de trabalho igualitário e justo para todas as pessoas da comunidade. É muito importante que os direitos conquistados sejam mantidos e que as pessoas possam expressar sua identidade por completo, sem nenhuma discriminação ou preconceito.


No GAMT trabalhamos com iniciativas de inclusão em todos nossos projetos, prezando sempre pela diversidade e liberdade de expressão entre nossos alunos. Além disso, trabalhamos com as empresas parceiras para levar um nível maior de conscientização para o ambiente corporativo.




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