
Flaviane
Especial Copa - Países campeões em Educação Criativa
Não é só nos campos de futebol que alguns países fazem goleada. Eles também arrasam quando o assunto é educação e são exemplos para o mundo sobre como desenvolver crianças e adolescentes nas salas de aula. Com base no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), divulgado em 2018, podemos observar o ranking de melhores países na educação e aprender com suas metodologias criativas.
Esse ranking é realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que avalia o desempenho de estudantes de cerca de 80 países nas áreas de Leitura, Ciências e Matemática. Entre o Top 10 de países com a melhor educação do mundo estão presentes três participantes da Copa do Mundo.

Vários países participantes da Copa do Mundo estão entre os melhores no ranking mundial da educação (foto: Freepik)
Conheça um pouco sobre como funciona a educação em cada um deles:
Japão
O Japão está em 4° lugar no ranking mundial da educação e é reconhecido internacionalmente por ter um sistema educacional de qualidade, com uma das menores taxas de evasão escolar do mundo. A disciplina e o respeito às tradições começam cedo e são parte integral da rotina dos estudantes. Existe uma relação muito próxima entre a família e a escola, além do incentivo de hábitos de estudo desde a primeira infância. O principal foco da educação japonesa é ensinar a solução de problemas, dando ao aluno ferramentas para entender todo o contexto para criar soluções inteligentes.
Outro ponto importante é o incentivo a atividades extracurriculares como arte, cultura e esporte durante toda a vida escolar. As Bukatsu ou “atividades extracurriculares” tem o objetivo de promover o coletivismo e formar futuros líderes na sociedade. Os principais esportes praticados nas escolas são beisebol, futebol, tênis, basquete, kendo, kyudo e judô.

O esporte é parte muito importante nas melhores escolas do mundo (foto: Freepik)
Canadá
O Canadá está em 6° lugar nessa lista e se contrasta por ter um sistema de estudo menos rígido. Nos primeiros anos escolares, as crianças têm um ensino mais lúdico, focado no cuidado e sem nenhum tipo de nota ou punição. Somente a partir do ensino médio que o estudo passa a ser focado na admissão às universidades.
Os alunos têm liberdade de criar um programa com base em seus interesses, escolhendo as matérias que querem cursar semestralmente. É obrigatório o estudo de disciplinas como inglês, matemática e história, mas eles podem adicionar aos seus currículos disciplinas como economia, artes, design, música, psicologia, entre outras.
Outra característica das escolas canadenses é o incentivo a atividades extracurriculares e esportes. Os esportes mais populares entre estudantes do país são vôlei, natação, esqui, dança, futebol, rugby, hóquei, basquete, vela e torcida organizada. A prática é realizada durante todo o ano, inclusive no período de inverno.
Polônia
Após sofrer muito com as consequências da Segunda Guerra Mundial, a Polônia focou seus esforços nas décadas seguintes para o desenvolvimento da educação e passou de uma das piores do mundo para o 8° lugar no ranking mundial. Essa reforma no sistema educacional aconteceu devido a uma maior valorização dos professores, que passaram por novas capacitações.
O aluno é ensinado a ter formas estratégicas de resolver problemas, colocando em segundo plano a obrigatoriedade de decorar fórmulas ou simplesmente acertar a alternativa correta em uma prova. O sistema educacional polonês é conhecido por ser rígido e conter menos disciplinas no currículo, mas oferece a liberdade para as escolas de cada região escolherem seus livros didáticos e conteúdos a serem expostos.
E como funciona a educação criativa no Brasil?
A educação criativa vem sendo aplicada cada vez mais nas salas de aula brasileiras, tornando o processo de aprendizagem muito mais interessante. Essa metodologia ativa torna o estudante parte central do processo de aprendizagem, dando ferramentas para um maior engajamento e uso da criatividade em todas as atividades.
Essa é uma forma de aprendizagem colaborativa, em que a criança traz as suas vivências e experiências para a sala de aula e tem o professor com um mediador em seu aprendizado. Durante esse processo desenvolvem-se habilidades importantes como trabalho em equipe, autonomia e pensamento crítico, para que seja possível criar soluções inovadoras e superar desafios.
No GAMT, a aprendizagem criativa é aplicada em todos os projetos e dá a devida autonomia aos alunos para desenharem sua trilha de aprendizagem. No GAMT Lab, por exemplo, são propostas diversas atividades para que o aluno coloque a mão na massa e aprenda sobre tecnologia, ciências e criatividade de maneira divertida.